Hélder Medeiros
A logística encontra-se na frente das transformações tecnológicas e operacionais. À medida que entramos em 2025, as empresas estão a preparar-se para enfrentar novos desafios, impulsionadas pela necessidade de inovação e pela promessa de maior eficiência e sustentabilidade. De acordo com a InPost, empresa especializada entregas não-domiciliárias, quatro tendências irão definir o futuro do setor este ano.
1. A Cloud como um Ecossistema
A computação na cloud tornou-se indispensável para o desenvolvimento digital em diversos setores, e a logística não é exceção. A centralização das operações em ambientes cloud permite a integração em tempo real de dados provenientes de veículos, sensores e plataformas diversas. Esta abordagem não apenas melhora a eficiência e a versatilidade, mas também reforça a cibersegurança, crucial num cenário de ameaças digitais crescentes.
Ao migrar para a cloud, as empresas de logística podem adaptar-se rapidamente às exigências de serviço sem depender de alterações significativas no hardware. A cloud oferece, assim, um ecossistema que não apenas suporta operações quotidianas, mas também serve como base para inovações futuras, consolidando-se como uma infraestrutura essencial para a digitalização do setor.
2. Inteligência Artificial na Logística
A inteligência artificial (IA) está a remodelar a forma como a logística é conduzida, oferecendo soluções que vão desde a otimização de rotas até à integração de sistemas complexos. A análise de dados em tempo real através da IA permite a redução de custos operacionais e a melhoria do serviço ao cliente, diminuindo o número de viagens e maximizando o uso de recursos.
Além disso, a combinação de IA e cloud cria uma sinergia poderosa, permitindo a automação e a transformação digital de processos-chave. Para as empresas de logística, esta tecnologia não é apenas um diferencial competitivo, mas uma ferramenta indispensável para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais exigente.
3. O Advento dos Gémeos Digitais
Os gémeos digitais, réplicas virtuais de operações físicas, representam uma revolução no planeamento e gestão empresarial. No contexto da logística, estas recriações permitem monitorizar em tempo real todos os aspetos de uma operação, desde o estado de veículos até à localização de encomendas.
Esta tecnologia não se limita ao acompanhamento de operações. Os gémeos digitais possibilitam a realização de simulações para testar novas estratégias ou identificar possíveis falhas, tudo num ambiente virtual seguro. Assim, as empresas podem poupar custos, minimizar riscos e implementar inovações sem interromper o fluxo normal de trabalho.
4. O Desafio da Última Milha
A chamada “última milha” continua a ser uma das fases mais críticas e dispendiosas do processo logístico. Soluções inovadoras, como a rede de Pontos Pack e Lockers da InPost, têm demonstrado que é possível otimizar esta etapa, reduzindo os custos e colaborando com o comércio local.
Contudo, o setor está longe de esgotar as suas possibilidades. Os próximos anos deverão trazer avanços significativos, combinando tecnologias como veículos autónomos, drones e plataformas de gestão inteligente para tornar a entrega de última milha mais sustentável e acessível.
Um futuro construído sobre sustentabilidade e eficiência
As quatro tendências destacadas pela InPost são mais do que marcos tecnológicos; representam uma mudança de paradigma que coloca a sustentabilidade e a eficiência no centro das operações logísticas. Num setor que representa 4,3% do PIB português, estas transformações não só impactam as empresas diretamente envolvidas, mas também a economia como um todo.
A logística de 2025 será definida por empresas capazes de integrar tecnologias emergentes e adotar práticas que beneficiem clientes, parceiros e o meio ambiente. Para estas organizações, o futuro já começou, e a inovação é o motor que impulsionará o progresso.
