Marc Sureda
O setor de serviços de TI experimentou um boom sem precedentes nos últimos anos, com investimentos anuais que se aproximam de um trilião de dólares desde 2020. No entanto, uma combinação de incerteza económica, encarecimento do crédito e tensões comerciais freará a expansão do mercado, que verá seu ritmo de crescimento reduzido pela metade nos próximos cinco anos.
Em 2023, os gastos globais em serviços de TI atingiram 1,29 triliões de dólares, com um aumento anual superior a 15%. Um ano depois, o volume subiu para 1,42 triliões, embora o ritmo de crescimento tenha moderado para 9,4%. Para 2025, prevê-se que o total ultrapasse os 1,5 triliões, enquanto a taxa de expansão diminua para 6,4%.
De acordo com as estimativas da Statista, embora os gastos possam chegar a 1,7 triliões em 2027, a taxa de aumento continuará a recuar para 5,5% e, posteriormente, para 4,9% em 2029, estimando o mercado em 1,87 triliões de dólares.
Apesar da desaceleração global, a despesa por funcionário crescerá 26% entre 2025 e 2029, passando de 420 para 505 dólares. Este dado revela que as empresas, embora contenham o seu orçamento total, priorizam a produtividade individual. Destinando mais recursos a ferramentas e serviços que acompanham o trabalhador.
A estratégia reflete uma mudança de enfoque: menos volume de gastos, mas mais eficiência e valor por cada utilizador de tecnologia.
A desaceleração não é homogénea. Os Estados Unidos mantêm o maior gasto, com 3.100 dólares por funcionário em 2025, que subirão para 3.800 em 2029, apesar de reduzir o seu crescimento anual de 5,4% para 4,6%. A Europa, por sua vez, verá o seu ritmo cair de 6,6% para 4,2%, com um gasto por funcionário de 1.380 dólares no horizonte.
No entanto, a Ásia enfrenta a desaceleração mais acentuada. Com um gasto médio de 152 dólares por funcionário em 2025 e um crescimento de 7,8%, a região chegará a 190 dólares em 2029, enquanto a sua taxa de crescimento cairá para 4,9%.
